Império Mongol


A cavalaria assoberba-se nos campos da primavera onde os camponeses mal tiveram tempo de plantar. Guerreiros assentados em seus cavalos. Uma forma esguia, ágil; possuidores do arco duplo; que fundem suas lanças em ferro e suas couraças em bronze.

Ruge na batalha, a terra esvoaça entre as cavalgadas violentas que pintam o vermelho. Os elmos, os éfodes vestem para a vitória.

O exército é a sua arma, sem a terra sobre os seus pés, não terá conquista. Não haverá honra em lutar.

Os que dantes fora das estepes vasculharam desertos; subiram montanhas gélidas; conquistaram a China e a Rússia e terras nunca antes imaginadas por suas bandeiras, brasões e símbolos.

Um império sob a maior das honrarias ergue-se a fama entre os homens. Será um título – Gengis Kan – sobre todos os confins da Ásia.

Todos pela racionalidade


Qual sensatez fora de controle ao que dá e fica a mercê de um içado endurecimento do que é válido à prescindir o comportamento que tomamos como sisudos, mas que vá, seria um tanto abestalhado quanto mais cômico em demasia? Buscaríamos a intelectualidade que sempre faltou no campo da praticidade - caso particular, o que é deveras um grito de ajuda que não chega a ser o que quero mais sim mais uma dúvida senão uma outra frustração -. Mas o que é o receio, a dúvida, a incoerência como adjetivos inquestionáveis também da fraqueza como muitos diriam, todavia que auxilia tal um escudo da ignorância... (?) É ignorância e que fique esta editada em sete bits, melhor onze bits da dita cuja, do que alguma alma penada faça ver, ou se não ver, fique para o vazio da imensidão.

Clows


No ambiente dos czares, numa Rússia imperial, os palhaços e bobos da corte entretinham todos no círculo monárquico. Mas também estavam nos teatros e em seus ambientes comuns: o circo. Alegravam aquela gente sofrida de clima gélido em invernos tenebrosos.

Os palhaços são os próprios atores, vestidos a caráter; às vezes até assustavam a criança inadvertida, o que é uma meia verdade para os mímicos inseridos neste grupo. 

Em outro tempo, em outra terra, eles viraram, ou virarão, num futuro presente, e que completa personagens de infância de crianças que não foram ao circo. 

Algo  insólito. Onde se viu crianças sem alegria? Em todos os lugares a sentença é premeditada. Destarte(1), as luzes dos holofotes que passeiam entre o recinto das armaduras que sustentam à estrutura da cobertura, e as cores vivazes que se misturam à luz refratária preenchem o espetáculo dos desassistidos que vêem no conjunto: um funil, o fundo falso que ao apagar das luzes projeta-se peremptoriamente dentro das almas. Os sons vagueiam e a criança por fim tornará às trombetas e trompetes de uma contagem decrescente: três, dois, um...

NOTAS DE RODAPÉ
(1)Destarte: Por essa forma, assim

O engraçadão


Até parece que o cúmulo é o absurdo da insanidade da brincadeira ali e a avante que nem uma roda encantada que vai... e será que volta? Gira e meia asseveramos a tentativa fidedigna de uma imparcialidade, uma neutralidade que assentamos como um dos pilares para a comunicação. Em um grupo sujeitamos a ordem dada para então passarmos a ter o nosso prazer de que fomos aceitos em uma sociedade, e que agora somos um ser social. O engraçado é que não valorizamos o caráter que cada um tem, ou que deixou de ter quando entrou para um grupo social que o moldou "a sua imagem e semelhança".